quarta-feira, 4 de março de 2009

[POESIA] Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos berros e aos pinotes

Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.

Que meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro...

Mario de Sá-Carneiro

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